Lula escolhe Macaé Evaristo para assumir pasta de Direitos Humanos
Outras duas mineiras, Edilene Lobo e Nilma Gomes, também estavam cotadas entre as favoritas ao cargo
Por Helem Lara
10 de Setembro de 2024 às 10:26
O presidente Lula escolheu nesta segunda-feira, 9 de setembro, a deputada estadual mineira Macaé Evaristo (PT) para assumir o cardo de ministra dos Direitos Humanos.
Ela vai substituir Silvio Almeida, demitido na sexta-feira (6), após acusações de assédio sexual. Outras duas mineiras, entre elas a ministra substituta do TSE, Edilene Lobo, estavam cotadas para o cargo.
Macaé Evaristo foi a primeira mulher negra a ocupar os cargos de secretária de Educação no município de Belo Horizonte (2005 a 2012) e no estado de Minas Gerais (2015 a 2018). Também já atuou no governo federal durante o governo Dilma Rousseff (PT): em 2013 e 2014, comandou a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, subpasta ligada ao Ministério da Educação.
Reconhecida no meio educacional e nas discussões sobre racismo, Macaé é professora desde os 19 anos. Em 2022, foi eleita como deputada estadual em Minas.
Depois de ser anunciada como a nova ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, a deputada estadual mineira Macaé Evaristo (PT) disse nesta segunda-feira (9) que tem como prioridades de sua gestão enfrentar a violência sexual contra crianças, garantir direitos das pessoas idosas e da população em situação de rua.
A nomeação oficial no cargo deve ocorrer na semana que vem, mas os trabalhos já começaram hoje com uma primeira visita ao ministério. Macaé Evaristo fez uma breve reunião para conhecer os secretários, preparar um primeiro diagnóstico da pasta e estabelecer as urgências.
Enquanto não assume a pasta oficialmente, Macaé Evaristo vai alternar entre Brasília e Minas Gerais. Ela está se licenciando do cargo de deputada estadual, mas ainda precisa cumprir alguns compromissos do mandato.
Edilene Lobo e Nilma Gomes
Edilene Lobo e Nilma Gomes
Antes de escolher por Macaé Evaristo, O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) traçou o perfil que queria para o novo comando do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania: uma mulher negra - para antagonizar com a crise gerada pelo caso Silvio Almeida (denunciado de assédio sexual) - e com diálogo aberto com movimentos sociais. Outras duas mineiras estavam cotadas entre as favoritas ao cargo.
Entre os nome cogitados estava o da ministra substituta do TSE, Edilene Lobo. Professora de Direito na Universidade de Itaúna, Edilene Lôbo tomou posse no TSE em agosto do ano passado, como a primeira mulher negra a assumir uma cadeira de ministra substituta na Corte Eleitoral. Natural de Taiobeiras, cidade no norte de Minas com 34 mil habitantes, a jurista possui extenso currículo. A ministra também é professora convidada da Universidade Sorbonne-Nouvelle, em Paris (França), e leciona sobre Democracia, Direitos Políticos, Eleições e Milícias Digitais na América Latina.
Entre os nome cogitados estava o da ministra substituta do TSE, Edilene Lobo. Professora de Direito na Universidade de Itaúna, Edilene Lôbo tomou posse no TSE em agosto do ano passado, como a primeira mulher negra a assumir uma cadeira de ministra substituta na Corte Eleitoral. Natural de Taiobeiras, cidade no norte de Minas com 34 mil habitantes, a jurista possui extenso currículo. A ministra também é professora convidada da Universidade Sorbonne-Nouvelle, em Paris (França), e leciona sobre Democracia, Direitos Políticos, Eleições e Milícias Digitais na América Latina.
Pesquisadora e palestrante de temas voltados à ampliação e proteção dos espaços de participação política da mulher negra e outros grupos minorizados, assim como sobre o impacto da revolução tecnológica na democracia. Lôbo ainda é integrante da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep).
Também foi cogitado para o cargo o nome da ex-ministra da Nilma Lino Gomes, que comandou o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos entre outubro de 2015 e maio de 2016, no governo Dilma Rousseff. Antes, entre janeiro e outubro de 2015, ela chefiou a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. Natural de Belo Horizonte, a capital mineira, ela tem uma marca semelhante às outras mulheres consideradas por Lula: tornou-se a primeira mulher negra do Brasil a comandar uma universidade pública federal. Em 2013, Nilma foi nomeada reitora da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab). A entidade é alinhada à integração com os países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
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